Refletindo sobre perdas...
Antônio Galdino
ilustrativa
(Ela fala sobre a morte, de alguém que amamos, e pode ser ampliado também para outras mortes, perdas, de valores, de sentimentos...)
"Hoje quero esquecer educação, deseducação, abandono, desinteresse, incompetência, mediocridade: quero falar da morte dos nossos afetos..."
"...que nos fazem sentir quanto nos dedicamos a bobagens, sofremos por tolices, nos desperdiçamos em futilidades (não que futilidades nao sejam necessárias, ou seríamos uma manada de bois obtusos ruminando o nada)."
"...Mas devíamos lhes reservar um espaço um pouco menor, e quem sabe o choque da morte, da doença, do drama humano, em qualquer idade e lugar nos fizesse rever alguns conceitos, elaborar alguns valores - ainda que por poucas horas ou semanas..."
E para completar esta reflexão encontro uma música - A lista, de Oswaldo Montenegro (está no You tube)... " Aqui, a letra. Com a música é muito melhor!
A Lista
Oswaldo Montenegro
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?
...
Estamos vivendo um período de campanha eleitoral, onde há tanta
mediocridade, tanto desperdício em futilidades... tanta aplicação da Lei
do Talião "olho por olho, dente por dente" e, perseguições políticas, a
força do poder, talvez fosse oportuno refletir um pouco sobre valores
que perdemos, amigos que perdemos, ou descartamos (às vezes porque
priorizamos outras coisas...).
E, no agito da vida, na busca incessante do "novo", do moderno, do que
nos envolve, do que vivenciamos ao nosso redor, não nos damos conta de
que, de vez em quando, precisamos olhar também para dentro de nós e nos
questionarmos sobre o meu eu, agora... sem nunca esquecer que, se
desejamos contruir um belo futuro, há a necessidade de também olhar o
passado, o alicerce, a base para essa nova construção...